Fundador e gerente da 20|20 Editora
(onde atualmente trabalho), uma das seis maiores editoras portuguesas, que
alberga as chancelas Booksmile, Vogais, Nascente e Topseller. Formou-se no
Colégio Militar e licenciou-se na Universidade Católica, em Administração e
Gestão de Empresas.
Tem um percurso multifacetado, mas o
primeiro amor foram os livros, ou não tivesse começado a vendê-los com apenas
11 anos, ao balcão da livraria da família, a Orvil (há 30 anos no Centro
Comercial da Portela). Vendeu depois jogos de computador, trabalhou na
Unilever, foi diretor de vendas da IP Global e diretor de conteúdos do Clix,
entre outras coisas, sempre movido pela curiosidade intelectual.
Os 10 Melhores
Ø Star Wars [1977,
de George Lucas]
Ø
Aliens [1986,
de James Cameron]
Ø
Planeta
Azul [Blue Planet, 1990, de Ben Burtt]
Ø
Momentos de
Glória [Chariots of Fire, 1981, de Hugh Hudson]
Ø Blade Runner [1982,
de Ridley Scott]
Ø
Parque
Jurássico [Jurassic Park, 1993, de Steven Spielberg]
Ø O Rei Leão [The
Lion King, 1994, de Roger Allers e Rob Minkoff]
Ø
A Corda [Rope,
1948, de Alfred Hitchcock]
Ø
África
Minha [Out of Africa, 1985, de Sydney Pollack]
Ø
Lawrence
da Arábia [Lawrence of Arabia, 1962, de David Lean]
Os dez filmes da minha vida, como
recordados neste momento.
Star Wars. Vi-o no
Império, como devia ser, ecrã gigante e som cavernoso. Aos 10 anos, conseguiu
abrir-me o Universo como a escola não conseguia. Fiquei fã de FC e efeitos
especiais. Assim que as descobri uns anos mais tarde, passei a assinar L'Ecran Fantastique e a Cinefex. E fiquei fã de bandas sonoras,
em especial do deus John Williams.
Aliens. Porque era o
filme que o Condes mais passava em 70 mm. Mais que O Abismo e mais que O
Regresso de Jedi. Vi-o lá 8 vezes em 2 anos, enquanto faltava às aulas, só
para apreciar o *spectacle* de luz e som. Fiquei fã de técnicas de filmagem e
projeção, e passei a assinar a American
Cinematographer.
Planeta Azul. Stones at the Max foi o meu primeiro
Imax, no hemisférico de La Villette, e deixou-me arrasado. Fiquei por isso
histérico quando soube que ia abrir um Imax em Vila Franca de Xira. O Planeta Azul era praticamente o único
filme que passava, mas era suficiente. Vi-o dez vezes, a maior parte delas
sozinho na sala, que aquilo ficava na «província» e por falta de espetadores
acabou mesmo por ser desmantelado. Mas a imagem do planeta a surgir lentamente
do fundo do ecrã, filmado do space
shuttle, fica para sempre. Era um Imax a sério, 7 andares de altura, rácio
4:3, nada a ver com o mini Imax do Colombo. O Planeta Azul existe em DVD, narração da Ana Zanatti incluída, e
recomendo sem reservas.
Chariots of Fire. Em
outubro de 1980, vi o trailer na TV e aquela música apaixonou-me. O filme
esteve 2 semanas em cartaz mas os meus pais não me levaram a vê-lo, e o filme
nunca mais regressou às salas. O LP da banda sonora, que pedi de prenda de
Natal, esgotou e tive de esperar um ano que fosse reeditado. Vangelis tornou-se
o meu herói musical absoluto (só mais tarde descobri que era ele o autor da
música da série Cosmos, que já
passava aos sábados à tarde na RTP) e o filme só o consegui ver uns 25 anos
mais tarde, quando finalmente foi editado em home video. Vangelis é um génio do outro mundo, e não quero saber
das paródias que lhe fazem.
Blade Runner. O ambiente,
a música, a ambiguidade do protagonista, e Vangelis outra vez.
Em 1985, quando uma empresa que eu desconhecia fez um IPO na bolsa portuguesa
(foi a segunda a fazê-lo), o seu anúncio de TV usava a música final do Blade Runner. Só por isso comprei ações
dessa desconhecida chamada Sonae, ações que valorizaram 15 vezes e me
permitiram comprar a minha primeira loja (de computadores, em 1990). Nunca mais
repeti esse método de decisão de investimentos.
Jurassic Park. Só pela
cena que revela os dinossauros vivos. Absoluto deslumbramento, a magia do
cinema no seu estado mais puro. E pela música, já agora.
O Rei Leão. O primeiro
filme animado que vi, tinha 30 anos. A sério, não sei porquê, mas recomendo a
todos que aguentem até esta idade para verem o seu primeiro filme animado. Não,
não recomendo, mas é a melhor maneira de tirar uma carrada de anos à idade. Por
causa deste efeito, ainda sou uma criança quando vou ver um novo filme animado.
Este filme deu-me ainda Hans Zimmer.
Qualquer Hitchcock. Talvez A
Corda, pelo device do take único.
Africa Minha. Porque me
deu John Barry; Sergio Leone, porque me deu Morricone; Lawrence da Arábia,
porque me deu Jarre. Etc. Tenho mais CD de bandas sonoras do que já vi filmes.
Dos compositores todos que mencionei, e mais um ou outro, coleciono
obsessivamente. Como é que agora se coleciona com o Spotify?